Sziget Festival

Sziget Festival, Budapeste, Mallorca e Barcelona

Apesar de já existir há bastante tempo, a primeira vez que tomei conhecimento do Sziget Festival foi em 2014, fiquei louco com o lineup e com o local do festival: uma ilha dentro de Budapeste. Em 2016 comecei a seguir as redes sociais e começou a inquietação, não podia nem pensar em ir porque já estava com uma viagem programada para Tailândia.

Joguei a ideia num grupo de amigos, só para ver no que dava, mais de 10 pessoas se interessaram, não tive como negar. Hoje em dia é difícil juntar 10 amigos numa mesa de bar, imagine em uma viagem. Depois disso foram 3 meses de pão e água para economizar grana e ir.

Essa foi a minha viagem mais curta à Europa, do dia 8.08 à 20.08.16. Compramos as passagens em uma promoção da Singapore Airlines – Guarulhos/Barcelona.

Sobre a cia aérea Singapore

Compramos a passagem por aproximadamente R$ 1.500,00 (ida/volta em classe econômica).

A companhia aérea está aprovadíssima: organizada, o avião era bom e o serviço também.

Budapeste

Como chegamos por Barcelona, pegamos um voo para Budapeste saindo de lá, pela Ryanair. O voo durou cerca de 2:30 e aterrissamos no aeroporto Ferihegy.

Compramos os tickets de transfer+metrô, não lembro o preço, mas não foi caro. Isso possibilitava a gente pegar um ônibus até a estação de metrô mais próxima do aeroporto (que não é perto) e de lá seguir para o nosso hotel, na estação de Oktogon.

A grande cagada que fizemos foi esquecer de validar os tickets do metrô antes de embarcar, claro que deu merda! Uma estação antes da Oktogon entrou um fiscal, ele pediu os nossos tickets e disse que não estavam validados. Enfim, tivemos que pagar a multa na hora e na moeda de lá (forints), como só tinhamos euro, ele nos acompanhou até uma casa de câmbio. Acho que a multa deu em torno de R$ 70,00 (reais) para cada.

Conhecendo a cidade

Budapeste é uma cidade que vale a pena “se perder”, tem muita coisa para ver. No dia seguinte, saímos umas 9:00 e fomos tomar café no Menza (abaixo vou falar mais sobre ele), vale a pena demais. Depois partimos em direção a Chain Bridge, de lá da para fazer tudo caminhando: Parlamento, Castelo de Buda, Shoes on the Danube, etc.

Recomendo subir na Citadella, a subida é um pouco cansativa mas vale a pena a vista!

Depois de um dia caminhando, fomos recarregar as energias no Szimpla Kert, lugar bem diferente e interessante, um dos primeiros pubs construído em ruínas, cheio de objetos antigos (as vezes meio macabro, como umas bonecas antigas tipo de filme de terror). É bom chegar cedo por lá (até umas 20:00) para evitar fila. Existem outros bares nesse estilo, mas não chegamos a conhecer.

Sziget Festival (Budapeste)

Já fui para alguns festivais em diferentes lugares, mas o Sziget foi o que mais me surpreendeu. Listei alguns pontos positivos:

  1. O lugar – Imagine um festival em uma ilha com uma estrutura foda e fácil acesso. Da estação que ficamos até o festival demorava cerca de meia hora para chegar, tudo isso de metrô. Para voltar também era tranquilo, o metrô funcionava até de madrugada, por conta do festival. Compramos os tickets para 72h e pronto! Era bem fácil e acessível.
  1. Lineup – É uma mistura gigante: rock, pop, folk, hip hop, eletrônico, etc. Alguns shows que vimos: Parov Stelar, Muse, Mano Chao, Bastille, Naughty Boy, Afrojack e Rihanna.
  1. Conceito – A ideia do festival é muito legal, que não é só um lugar para assistir os shows, mas sim para passar o dia e aproveitar todo tipo de atração. A estrutura do local é fantástica e se você sair andando, começa a se deparar com coisas diferentes como: uma parte destinada a circo, vez ou outra rolava uns shows acrobáticos; uma parte parecendo uma praia, com futebol, vôlei de praia, futebol de sabão e várias atrações desse nível (tem até chuveiro pra quem quiser tomar banho depois); uma parte mais zen, com aulas de yoga; várias praças de alimentação espalhadas por todo o festival; uma área com Wi-fi… enfim, era foda e nem dá pra listar tudo. Tinha gente de todo lugar do mundo e todo tipo de público: crianças, famílias, idosos e até cachorros.
  1. Preço – Comprei os meus ingressos 3 meses antes por 59 euros (por dia). Ainda dá para comprar mais barato, se comprar pra mais dias. Além disso, eles também não exploram tanto como aqui no Brasil os preços de bebidas e comidas, fora que ainda oferece várias opções de tudo.

Dois restaurantes e um bar que recomendo em Budapeste

Szimpla Kert – É um pub gigante com uma decoração bem hipster, achei muito legal e em alguns dias tem shows. Na hora que saímos (em torno de meia noite), a fila estava gigantesca para entrar, ou seja, é bom chegar mais cedo.

Menza – Tomamos café da manhã e almoçamos duas vezes nesse restaurante. No almoço as vezes tem fila de espera, mas a comida vale a pena.

Monks Bistro – A comida era muito boa e o ambiente era legal para jantar. Mas se for com muita fome, vai ter que pedir dois pratos

O que achei da cidade

Budapeste é uma das maiores cidades da Europa e tem algumas particularidades do leste europeu: muita gente não fala inglês, o transporte público é meio antigo mas funciona bem. Também não é uma cidade tão organizada como as principais do lado oeste. Talvez, essa mistura é que deixe ela incrível. É um lugar que agrada pessoas que procuram história, gastronomia e, principalmente, farra!

Mallorca

Partimos de Budapeste para Mallorca, tem voos diretos pela Wizz Air.

A primeira dica que dou para quem vai à Mallorca é fazer um roteiro e alugar um carro. Mallorca é a maior ilha do arquipélago das Ilhas Baleares, e as vezes o deslocamento de uma praia para a outra pode demorar.

Ficamos no centro de Palma (capital), o ponto turístico mais famoso de lá é a Catedral de Palma, realmente é incrível, não entramos mas vi muita gente fazendo a visita.

Vale a pena dar uma andada pelo centro de Palma, é bem bonito, tem lojas boas, restaurantes e bares.

Acertamos já no primeiro restaurante que fomos, o Chez Camille, tudo que pedimos estava bom.

Tivemos a sorte, e também um pouquinho de ajuda do TripAdvisor, de comer bem em todos os restaurantes e bares que fomos. Abaixo vou colocar uma lista de lugares que recomendo.

Curiosidade

Mallorca tem uma particularidade de áreas. Existe a área dos alemães (Arenal) e dos ingleses (Magaluf), os dois não se juntam para não se matarem quando estiverem bêbados.

Dizem que o mais inteligente é seguir os franceses porque eles vão para os melhores lugares. Mas isso foi o que escutei de uma espanhola. O curioso é que em Arenal tinha bastante sinalização em alemão, e em Magaluf você se sentia em uma praia da Inglaterra (tirando que o mar era bonito).

Praias

Em Mallorca tem várias praias belíssimas, espero ir novamente para ficar pelo menos 7 dias, mas fiz uma pequena lista das praias que fomos.

Les Illetes – É bem bonita mas não é grande, no verão fica cheia, já que ela é bem acessível.

Calo des Moro – É incrível, talvez a mais bonita que estivemos, mas essa fama deixou ela entupida no mês que fomos (agosto). Vale a pena ir cedinho e pegar a praia mais tranquila.

El Trenc – Tem uma orla bem extensa, fica mais fácil para encontrar lugares lá.

Magaluf – Se você está procurando festa, vá simbora para Magaluf.

Restaurantes

Chez Camille – Fica no centro de Palma em uma ruazinha com vários outros restaurantes. Esse não tem erro, muito bom!

Bonsol – É uma marisqueria, tudo era fresco, você escolhe as tapas numa espécie de vitrine, achei muito bom. Fica em Coll D’en Rabassa, perto do aeroporto de Palma.

Bel Posto – Não fica no centro de Palma mas é muito bom.

Barcelona 

Partimos de Mallorca pra Barcelona. O voo foi com a Vuelling, durou uns 50min. Chegamos a tarde, em torno de 12:30, fomos nos instalar no hotel que ficava bem próximo a famosa rua Las Ramblas. Andamos por essa região para comprar umas besteirinhas e almoçar. Almoçamos num restaurante orgânico chamado Teresa Carles (muito bom e barato). A noite fomos tomar umas cañas no El Nacional, o ambiente vale a visita, mas as tapas não estavam tão gostosas.

Decidimos tirar o segundo dia pra turistar, acordamos e fomos tomar café da manhã no Mercado La Boqueria (nas Ramblas), vale muito a pena. Depois partimos para Tibidabo, local montanhoso com uma vista bem bonita. Para chegar lá pegamos um metrô na Plaça Catalunya até a Avinguda Tibidabo. De lá, pegamos um Tramvia Blau até o local onde fica o funicular (já mostra uma vista bem legal no percurso e sobe ainda mais) e enfim, chegamos no alto de Tibidado.

Tibidabo: tem igreja, parque e uma vista bem bonita de Bercelona

O Parc d’Atraccions del Tibidabo, é uma ótima pedida pra crianças, um parque de diversões com uma vista de tirar o fôlego. Além dessa atração, há uma igreja bem bonita, o Templo del Sagrado Corazón de Jesús, em um ponto mais alto ainda. A volta é mais fácil, pegamos o funicular e depois um ônibus bem próximo a saída.

Saímos para conhecer mais um pouco de Barcelona, mesmo na correria dos poucos dias que tivemos. Passamos pelo Paque Guell e pela Sagrada Família, e para o nosso azar não havia ticket disponível pra nenhum dos dois. O Parque Guell ainda tem uma parte que você pode caminhar e conhecer sem pagar, pelo menos vale algumas fotos. Fomos almoçar em Barceloneta (andamos rápido pela região, mas vale a pena ir com mais tempo). A noite, pra finalizar nossa viagem, já que partiríamos cedinho pro aeroporto, jantamos por perto do hotel, no Bairro Gótico, que por sinal descobrimos muitos restaurantes bons por umas ruas estreitas e agradáveis (Calle dels Escudellers).

Dicas de restaurantes e bares

Barcelona é muito bom para comer, tem ótimos restaurantes e bares com preços justos.

  • Teresa Carles – É um restaurante vegano, no começo fiquei com um pouco de receio mas estava tudo incrível. O ambiente é bem aconchegante e o preço é muito bom. Gastamos 20 euros por pessoa com entrada, prato principal, sobremesa e vinho.
  • El Nacional – Vale muito pelo ambiente. É um espaço gigante com vários bares e restaurantes. Ficamos nas tapas (que não eram tão boas) e na cerveja (que estava ótima). O preço não é barato, mas vale ir uma vez só para beber algo e comer pouco.
  • Reina Margherita – Se você quiser comer uma pizza tipicamente italiana, esse lugar está recomendadíssimo. É uma pizzaria em Barceloneta, os donos são italianos de Nápoles, as pizzas e saladas estavam incríveis.
  • Bacoa – O hambúrguer de lá é MUITO BOM! Fomos no de Barceloneta.
  • Grill Room – Bem gostoso também e fica numa ruazinha com várias opções de restaurantes e bares (Calle dels Escudellers).
  • Mercado La Boqueria – Fica nas ramblas e vale a pena demais passar por lá para tomar café da manhã, ou até mesmo almoçar.

 

12 Comments

  1. Adoro o relato de vocês casal!! Eu nunca tinha ouvido falar desse festival, mas pelo que escreveram e mostraram na foto eu já gostei! Só me deram vontade de conhecer … ai ai ia, haja lista de desejos hein?! rs

  2. Nunca tinha ouvido falar desse festival, me pareceu bem animado e ótimo pra ir com uma galera. Vale a pena ir para Budapeste e Mallorca fora do festival também?

    1. Vale muito a pena. Budapeste é um encanto. Vários amigos que já foram só falavam o quanto amaram a cidade e realmente é uma delícia e não é cara. Mallorca é grande e precisamos voltar, já que não deu tempo de conhecermos tudo.

  3. Ótimo post! Gostei das dicas de praias em Mallorca e dos restaurantes de Barcelona e fico imaginando como é o Szimpla Kert. Não conhecia o festival, mas gostei do conceito dele 😉

  4. Que irada essa trip! Eu não sabia do festival, me pareceu ter valido a pena. Quando fui a Budapeste também percebi que pouca gente fala inglês, dificulta, mas acaba sendo interessante! haha Szimpla é um dos lugares mais legais que já fui.
    Ainda não tive o prazer de conhecer Mallorca e Barcelona, adorei as dicas!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *